A estrela foi mais uma vez clicada pelo famoso fotográfo "Terry Richarson", e as seguintes fotos foram divulgadas ontem , além, de uma entrevista concedida ao mesmo que você confere logo abaixo:
Depois de um dos anos mais tumultuados de sua vida
, a maior estrela pop ainda está ardente e brilhando. Bazaar pergunta-a sobre os segredos de sua sobrevivência - e descobre a razão de ninguém colocar Gaga de lado.
Nem sempre é fácil ser Lady Gaga - e em 2013, foi especialmente difícil. Pela primeira vez desde que ela emergiu do 'Clube Éter' de Nova York em 2008, o 'Planeta Gaga' parecia que estava em perigo. Seu último álbum, ARTPOP, um empenhado R&B-tingido experimental com trabalho artístico de Jeff Koons e um controverso dueto com R. Kelly, dividiu os criticos. Ela também suportou uma separação pública com seu gerente de longa data, Troy Carter, apenas uma semana antes do lançamento de seu álbum em Novembro - Tudo que parecia estar tirando Gaga de órbita. Mas 2014 é um novo ano, e Stefani Joanne Angelina Germanotta é uma excêntrica pop star. Após um breve intervalo para os feriados e algum bem-documentado tempo de qualidade com seu namorado, o ator de Chicago Fire, Taylor Kinney (e ostentando alguns looks notáveis de inverno), Gaga está devolta pra ser a Gaga mais inimitável, com uma nova campanha brilhante pra Versace
e sua próxima tour, ArtRave, que inicia-se na primavera.
Como se faz um relato para tamanha resiliência, tamanha serenidade triunfante, de frente com o tumulto? A Bazaar elaborou um pequeno questionário pra Gaga, designado a revelar alguns dos segredos de sua "Gaga-zisse". A Lady foi gentilmente obrigada a responder honestamente e fabulosamente - e ela não desapontou.
HB: Como você mudou nos últimos dias?
LADY GAGA: Na verdade não estou muito diferente. Trabalho o dia todo, faço pesquisas, rascunho minhas idéias, me preparo para as performances. Minha experiência com a fama tem sido o oposto: "Como posso parar isso de me mudar?" Quero dizer, não estou mais falida - é ótimo! Mas hoje estou mais confortável em ser quem eu sou. Quando era mais jovem, senti a pressão de me tornar outra pessoa quando me tornasse sucedida. Mas é a intenção do trabalho que mudou. Tenho fãs agora. Tenho um novo propósito: lembrá-los que eu sou uma deles, que nós somos um. Minha consciência mudou.
HB: Qual foi o primeiro grande momento musical em sua vida
?
LG: Eu fui assistir "Fantasma da Ópera" com minha avó e minha mãe quando era bem pequena. O palco, a voz, a música?... O compositor Andrew Lloyd Webber foi uma grande inspiração pra mim por um certo tempo - o 'contador de histórias', aquela deliciosa voz suave e sombria em sua música. Eu soube que ele podia ver quando estava criando. É o mesmo jeito que eu experiencio a música.
HB: Qual sua roupa favorita de todas?
LG: Audrey Hepburn na grande corrida de cavalos em "My Fair Lady" - o chapéu gigante com detalhes de flores e a touca, um vestido de renda de sereia com um arco gigante, e uma bengala. Eu amo desde que eu era pequena. Vou desenhar algo parecido com isso algum dia.
HB: Você mantém as roupas que você já usou ao longo dos anos?
LG: A moda que adquiri ao longo dos anos é tão sagrada pra mim - de trajes a costura, da alta moda para o desgaste do punk que eu coletei dos meus hot spots internacionais secretos. Eu mantenho tudo em um enorme arquivo em Hollywood. As roupas estão em manequins, também em cabides e caixas com uma foto de cada peça, e há um site onde eu posso ir para olhar tudo. É muito grande - eu nunca poderia organizá-lo sozinha! Essas peças de roupa contam a história da minha vida
. E depois há as peças das turnês. Esta é a seção que é mais sagrada para mim. Estas são as peças que coletaram energia, alegria e gritos de fãs em todo o mundo. Minha moda é o meu bem mais precioso por duas razões: 1) porque é uma visualização de todo o trabalho duro que eu tive para chegar onde estou hoje; 2) porque ela é uma lenda para a enciclopédia da minha vida. É exatamente o que eu pretendia que se infiltrasse na consciência artística de pessoas em todo o mundo - que a vida é uma forma de arte.
HB: Como é a sua casa?
LG: Minha "casa"é um tema controverso. Eu não tenho uma exatamente. Eu vivo em todo o mundo. Eu mantenho um pequeno apartamento em Nova York, onde eu penduro muitos dos meus chapéus quando eu venho para ver os meus pais e amigos de Nova York. É como uma pequena caixa de jóia, coberta de espelhos dourados, com um sofá rosa de grandes dimensões, um vaso caro, um piano branco de Marilyn, e um boudoir. Não guardo muitas roupas lá – na sua maior parte a moda punk. E os três itens mais caros que eu já adquiri, incluindo uma casa real: meu sable, um fio de diamantes, e minhas pérolas Mikimoto.
HB: Como você acha que as pessoas no futuro
vão se sentir sobre a moda atual?
LG: Não tenho a certeza. Eu imagino que haverá um renascimento de algumas dessas estéticas – as mais ousadas. Aqueles que têm enfraquecido a si mesmos por "vendas" podem ganhar dinheiro
agora, mas eles estão trapaceando a si mesmos. Eu sempre penso comigo mesma: Como eu gostaria de ser lembrada? Eu não quero ser lembrada como qualquer coisa, além de corajosa. A única boa intenção de ganhar dinheiro é para ajudar os outros. Eu quero ser a Oprah. Quero ser Melinda Gates. Se algum dia eu vender outros produtos além dos meus talentos, então será para dar mais aos outros.
HB: O que te excita com a ideia de performar no espaço?
LG: Eu honestamente mal posso esperar. Eu mal posso esperar para projetar a performance. Estou leiloando meu segundo assento [em um vôo da Virgin Galactic] para arrecadar dinheiro para a Born This Way Foundation. Eu quero fazer um momento que é muito mais do que eu. Performar no espaço é uma grande honra. Eu quero desafiar a mim mesma a vir com algo que não apenas juntará todos, mas que também terá uma mensagem de amor que explode para o além.
HB: O que é algo que você é melhor agora do que quando era mais jovem?
LG: Eu estou melhor com a comida. Eu não tenho mais um transtorno alimentar. Eu também estou melhor em não deixar as pessoas se aproveitarem de mim. Há cinco anos, quando flagrei alguém com uma agenda oculta, eu lhe permiti ficar em torno de mim. Eu não queria acreditar. Eu pensei que se eu ignorasse então eles acabariam por me ver de novo – que eu sou um ser humano, e não uma boneca. Mas não é assim que funciona. Eu falo agora. Eu percebi que é minha culpa que as pessoas se aproveitam. Eu deveria estar em torno de pessoas que apreciam meus talentos, minha saúde, meu tempo. Eu não sou um peão para o negócio futuro
de alguém. Eu sou uma artista. Eu mereço mais do que ser fiel a pessoas que só acreditam em mim porque eu faço dinheiro.
HB: Romeu e Julieta ou Titanic?
LG: Romeu e Julieta - ambas as versões de Shakespeare e Baz [Luhrmann] me mudaram profundamente quando criança. Mas Titanic é um clássico também.
HB: John Lennon ou Paul McCartney?
LG: Eu amo tanto o Paul, mas sempre serei do Lennon.
HB: Você acredita em fantasmas?
LG: Sim. Eu tenho muitas almas antigas ao meu redor o tempo todo.
HB: Quais são os seus prazeres mais vergonhosos?
LG: Russian hookers e gin barato. Pelo menos eu sou sincera.
HB: Se você fosse um animal, qual seria?
LG: Um unicórnio.
HB: Qual é o mito sobre você que você gostaria de desmentir?
LG: O de que eu sou um mito.
HB: Qual é o fato sobre você que as pessoas deveriam saber?
LG: Que não é uma atuação.
HB: Qual foi a última vez em que você riu alto? De quê?
LG: Hoje. Meu Taylor [Kinney, namorado da Gaga] roubou minhas meias do Bob Esponja de Tokio.
HB: Qual foi a última coisa da qual você falou com sua mãe?
LG: Eu passei por momentos difíceis ano passado. Eu senti que pessoas em quem confiava estavam se aproveitando de mim. Eu perguntei para minha mãe, "Eu trabalho tão duro, nunca digo não, porque essa pessoa não me ama, mãe? Porque essa pessoa tinha a intenção de me machucar para tirar proveito? Porque eu não era o suficiente? Porque meu dinheiro
é mais importante que eu? Ela me lembrou de perdoar aos outros por não verem Deus onde eu vejo. Eu vejo Deus em meus fãs. Ela disse "Você está magoada porque não é assim que você faz. Você protege suas invenções tão ferozmente porque você 'é seus fãs'." Ela me ajudou a entender meus próprios sentimentos. Quando alguém tenta me machucar, sinto que eles tentaram machucar milhões de fãs ao redor do mundo. Ela me ajudou a perdoar. Você não pode forçar as pessoas a terem a mesma consciência e clareza que você tem.
HB: Quando foi que você chorou pela última vez?
LG: Ontem. Sou criativa. Estou sempre à um riso de distância de uma lágrima.
HB: Se você recebesse uma visita de si mesma no futuro
, o que você pediria ao seu futuro eu?
LG: Eu a pediria para fazer um dueto comigo - isso seria original. Depois eu a diria que estou tão feliz que ela não morreu jovem.
HB: Tem algo que você se arrependa de fazer - ou não fazer?
LG: Às vezes eu tenho essa sensação visceral sobre as pessoas - talvez eu sinta que eles tem compromissos escondidos ou que ligam mais para o dinheiro que para a mensagem. Eu queria escutar esse sentimento ao invés de aguardar que a verdade mostrasse sua face assustadora. Eu sou uma garota esperta. Sou fiel. Mas às vezes sou fiel demais. Não sou fiel o suficiente a mim mesma.
HB: Quanta atenção você dá para o que as pessoas dizem de você?
LG: Eu nunca tive esse tipo de relacionamento com a arte, essa coisa hipercrítica acontecendo por aí. Constantemente penso que as pessoas não sabem o que pensar de mim, e na verdade esse é o objeto de muitas das minhas criações. Mesmo lá atrás, com Lady Starlight, minha parceira original, nós queríamos assombrar. Essa sensação de assombramento - não é nem boa nem ruim. Apenas é. Os críticos percebendo ou não, eles estão numa enorme discussão desde o dia do meu nascimento público. Isso é certo ou errado? Essa era a intenção daquela rima confusa, os versos eu-quero-te-confundir de "Applause". A conversa ainda está acontecendo porque eles não sabem o que pensar. Eles ainda estão coçando suas cabeças. Esse abraço é minha forma de arte - e é poderoso, eles gostando ou não, ainda estão falando.
HB: Qual foi a maior coisa que você aprendeu sobre si mesma até agora?
LG: Eu me tornei muito depressiva no fim de 2013. Eu estava exausta de lutar com as pessoas. Eu não conseguia nem ouvir as batidas do meu próprio coração. Eu estava nervosa, cínica, e tinha essa tristeza profunda como uma âncora sendo arrastada onde quer que eu fosse. Eu simplesmente não queria lutar mais. Eu não queria me levantar por mim mesma mais uma vez - por mais uma pessoa que havia mentido para mim. Mas dia 1 de Janeiro, eu acordei, comecei a chorar novamente, olhei no espelho e disse "Eu sei que você não quer lutar. Eu sei que você acha que não pode, mas você já fez isso antes. Eu sei que machuca, mas você não vai sobreviver a essa depressão." Eu realmente me sentia como se estivesse morrendo - minha luz se apagou completamente. Eu disse a mim mesma "O que quer que reste aí dentro, mesmo que uma só molécula de luz, você a encontrará e multiplicará. Você tem de fazer isso por você. Você tem de fazer pela sua música. Você tem de fazer pelos seus fãs e sua família." Depressão não tira seus talentos - só os torna mais difíceis de encontrar. Mas eu sempre os encontro. Eu aprendi que minha tristeza nunca destruiu o que é bom em mim. Você só tem de voltar ao seu melhor, encontrar aquela luzinha que ainda resta. Eu tenho sorte de ter encontrado um brilhinho guardado.
HB: Você está feliz?
LG: Hoje, sim.
HB: O que você quer escrito no seu túmulo?
LG: "Ela espalhou amor com cada invenção."
Tradução: Richard Félix, Lucas Pizzoti e Renata Amorim

Nem sempre é fácil ser Lady Gaga - e em 2013, foi especialmente difícil. Pela primeira vez desde que ela emergiu do 'Clube Éter' de Nova York em 2008, o 'Planeta Gaga' parecia que estava em perigo. Seu último álbum, ARTPOP, um empenhado R&B-tingido experimental com trabalho artístico de Jeff Koons e um controverso dueto com R. Kelly, dividiu os criticos. Ela também suportou uma separação pública com seu gerente de longa data, Troy Carter, apenas uma semana antes do lançamento de seu álbum em Novembro - Tudo que parecia estar tirando Gaga de órbita. Mas 2014 é um novo ano, e Stefani Joanne Angelina Germanotta é uma excêntrica pop star. Após um breve intervalo para os feriados e algum bem-documentado tempo de qualidade com seu namorado, o ator de Chicago Fire, Taylor Kinney (e ostentando alguns looks notáveis de inverno), Gaga está devolta pra ser a Gaga mais inimitável, com uma nova campanha brilhante pra Versace

Como se faz um relato para tamanha resiliência, tamanha serenidade triunfante, de frente com o tumulto? A Bazaar elaborou um pequeno questionário pra Gaga, designado a revelar alguns dos segredos de sua "Gaga-zisse". A Lady foi gentilmente obrigada a responder honestamente e fabulosamente - e ela não desapontou.
HB: Como você mudou nos últimos dias?
LADY GAGA: Na verdade não estou muito diferente. Trabalho o dia todo, faço pesquisas, rascunho minhas idéias, me preparo para as performances. Minha experiência com a fama tem sido o oposto: "Como posso parar isso de me mudar?" Quero dizer, não estou mais falida - é ótimo! Mas hoje estou mais confortável em ser quem eu sou. Quando era mais jovem, senti a pressão de me tornar outra pessoa quando me tornasse sucedida. Mas é a intenção do trabalho que mudou. Tenho fãs agora. Tenho um novo propósito: lembrá-los que eu sou uma deles, que nós somos um. Minha consciência mudou.
HB: Qual foi o primeiro grande momento musical em sua vida

LG: Eu fui assistir "Fantasma da Ópera" com minha avó e minha mãe quando era bem pequena. O palco, a voz, a música?... O compositor Andrew Lloyd Webber foi uma grande inspiração pra mim por um certo tempo - o 'contador de histórias', aquela deliciosa voz suave e sombria em sua música. Eu soube que ele podia ver quando estava criando. É o mesmo jeito que eu experiencio a música.
HB: Qual sua roupa favorita de todas?
LG: Audrey Hepburn na grande corrida de cavalos em "My Fair Lady" - o chapéu gigante com detalhes de flores e a touca, um vestido de renda de sereia com um arco gigante, e uma bengala. Eu amo desde que eu era pequena. Vou desenhar algo parecido com isso algum dia.
LG: A moda que adquiri ao longo dos anos é tão sagrada pra mim - de trajes a costura, da alta moda para o desgaste do punk que eu coletei dos meus hot spots internacionais secretos. Eu mantenho tudo em um enorme arquivo em Hollywood. As roupas estão em manequins, também em cabides e caixas com uma foto de cada peça, e há um site onde eu posso ir para olhar tudo. É muito grande - eu nunca poderia organizá-lo sozinha! Essas peças de roupa contam a história da minha vida

HB: Como é a sua casa?
LG: Minha "casa"é um tema controverso. Eu não tenho uma exatamente. Eu vivo em todo o mundo. Eu mantenho um pequeno apartamento em Nova York, onde eu penduro muitos dos meus chapéus quando eu venho para ver os meus pais e amigos de Nova York. É como uma pequena caixa de jóia, coberta de espelhos dourados, com um sofá rosa de grandes dimensões, um vaso caro, um piano branco de Marilyn, e um boudoir. Não guardo muitas roupas lá – na sua maior parte a moda punk. E os três itens mais caros que eu já adquiri, incluindo uma casa real: meu sable, um fio de diamantes, e minhas pérolas Mikimoto.
HB: Como você acha que as pessoas no futuro

LG: Não tenho a certeza. Eu imagino que haverá um renascimento de algumas dessas estéticas – as mais ousadas. Aqueles que têm enfraquecido a si mesmos por "vendas" podem ganhar dinheiro

HB: O que te excita com a ideia de performar no espaço?
LG: Eu honestamente mal posso esperar. Eu mal posso esperar para projetar a performance. Estou leiloando meu segundo assento [em um vôo da Virgin Galactic] para arrecadar dinheiro para a Born This Way Foundation. Eu quero fazer um momento que é muito mais do que eu. Performar no espaço é uma grande honra. Eu quero desafiar a mim mesma a vir com algo que não apenas juntará todos, mas que também terá uma mensagem de amor que explode para o além.
HB: O que é algo que você é melhor agora do que quando era mais jovem?
LG: Eu estou melhor com a comida. Eu não tenho mais um transtorno alimentar. Eu também estou melhor em não deixar as pessoas se aproveitarem de mim. Há cinco anos, quando flagrei alguém com uma agenda oculta, eu lhe permiti ficar em torno de mim. Eu não queria acreditar. Eu pensei que se eu ignorasse então eles acabariam por me ver de novo – que eu sou um ser humano, e não uma boneca. Mas não é assim que funciona. Eu falo agora. Eu percebi que é minha culpa que as pessoas se aproveitam. Eu deveria estar em torno de pessoas que apreciam meus talentos, minha saúde, meu tempo. Eu não sou um peão para o negócio futuro

HB: Romeu e Julieta ou Titanic?
LG: Romeu e Julieta - ambas as versões de Shakespeare e Baz [Luhrmann] me mudaram profundamente quando criança. Mas Titanic é um clássico também.
HB: John Lennon ou Paul McCartney?
LG: Eu amo tanto o Paul, mas sempre serei do Lennon.
HB: Você acredita em fantasmas?
LG: Sim. Eu tenho muitas almas antigas ao meu redor o tempo todo.
HB: Quais são os seus prazeres mais vergonhosos?
LG: Russian hookers e gin barato. Pelo menos eu sou sincera.
HB: Se você fosse um animal, qual seria?
LG: Um unicórnio.
HB: Qual é o mito sobre você que você gostaria de desmentir?
LG: O de que eu sou um mito.
HB: Qual é o fato sobre você que as pessoas deveriam saber?
LG: Que não é uma atuação.
HB: Qual foi a última vez em que você riu alto? De quê?
LG: Hoje. Meu Taylor [Kinney, namorado da Gaga] roubou minhas meias do Bob Esponja de Tokio.
HB: Qual foi a última coisa da qual você falou com sua mãe?
LG: Eu passei por momentos difíceis ano passado. Eu senti que pessoas em quem confiava estavam se aproveitando de mim. Eu perguntei para minha mãe, "Eu trabalho tão duro, nunca digo não, porque essa pessoa não me ama, mãe? Porque essa pessoa tinha a intenção de me machucar para tirar proveito? Porque eu não era o suficiente? Porque meu dinheiro

HB: Quando foi que você chorou pela última vez?
LG: Ontem. Sou criativa. Estou sempre à um riso de distância de uma lágrima.
HB: Se você recebesse uma visita de si mesma no futuro

LG: Eu a pediria para fazer um dueto comigo - isso seria original. Depois eu a diria que estou tão feliz que ela não morreu jovem.
HB: Tem algo que você se arrependa de fazer - ou não fazer?
LG: Às vezes eu tenho essa sensação visceral sobre as pessoas - talvez eu sinta que eles tem compromissos escondidos ou que ligam mais para o dinheiro que para a mensagem. Eu queria escutar esse sentimento ao invés de aguardar que a verdade mostrasse sua face assustadora. Eu sou uma garota esperta. Sou fiel. Mas às vezes sou fiel demais. Não sou fiel o suficiente a mim mesma.
HB: Quanta atenção você dá para o que as pessoas dizem de você?
LG: Eu nunca tive esse tipo de relacionamento com a arte, essa coisa hipercrítica acontecendo por aí. Constantemente penso que as pessoas não sabem o que pensar de mim, e na verdade esse é o objeto de muitas das minhas criações. Mesmo lá atrás, com Lady Starlight, minha parceira original, nós queríamos assombrar. Essa sensação de assombramento - não é nem boa nem ruim. Apenas é. Os críticos percebendo ou não, eles estão numa enorme discussão desde o dia do meu nascimento público. Isso é certo ou errado? Essa era a intenção daquela rima confusa, os versos eu-quero-te-confundir de "Applause". A conversa ainda está acontecendo porque eles não sabem o que pensar. Eles ainda estão coçando suas cabeças. Esse abraço é minha forma de arte - e é poderoso, eles gostando ou não, ainda estão falando.
HB: Qual foi a maior coisa que você aprendeu sobre si mesma até agora?
LG: Eu me tornei muito depressiva no fim de 2013. Eu estava exausta de lutar com as pessoas. Eu não conseguia nem ouvir as batidas do meu próprio coração. Eu estava nervosa, cínica, e tinha essa tristeza profunda como uma âncora sendo arrastada onde quer que eu fosse. Eu simplesmente não queria lutar mais. Eu não queria me levantar por mim mesma mais uma vez - por mais uma pessoa que havia mentido para mim. Mas dia 1 de Janeiro, eu acordei, comecei a chorar novamente, olhei no espelho e disse "Eu sei que você não quer lutar. Eu sei que você acha que não pode, mas você já fez isso antes. Eu sei que machuca, mas você não vai sobreviver a essa depressão." Eu realmente me sentia como se estivesse morrendo - minha luz se apagou completamente. Eu disse a mim mesma "O que quer que reste aí dentro, mesmo que uma só molécula de luz, você a encontrará e multiplicará. Você tem de fazer isso por você. Você tem de fazer pela sua música. Você tem de fazer pelos seus fãs e sua família." Depressão não tira seus talentos - só os torna mais difíceis de encontrar. Mas eu sempre os encontro. Eu aprendi que minha tristeza nunca destruiu o que é bom em mim. Você só tem de voltar ao seu melhor, encontrar aquela luzinha que ainda resta. Eu tenho sorte de ter encontrado um brilhinho guardado.
HB: Você está feliz?
LG: Hoje, sim.
HB: O que você quer escrito no seu túmulo?
LG: "Ela espalhou amor com cada invenção."
Tradução: Richard Félix, Lucas Pizzoti e Renata Amorim
Fonte: RDT Lady Gaga